Policial que matou assaltante é condenado em sentença que afirma que ele atirou “num homem de bem”!

17 fevereiro, 2020

Estamos mesmo no país do faz de conta, da inversão absurda de valores, da proteção a criminosos, da criminalização da polícia e do cidadão de bem

Estamos mesmo no país do faz de conta, da inversão absurda de valores, da proteção a criminosos, da criminalização da polícia e do cidadão de bem.

Estamos mesmo no país da injustiça, do terror, do pânico, do desespero, logicamente para quem trabalha, para quem é vítima. Porque para os bandidos, sempre há proteção, direitos, discursos.

Um caso ocorrido recentemente em Porto Velho deixa isso muito claro. É apenas um exemplo do medo a que está submetida a maior parte da população brasileira, vivendo sob uma legislação horrorosa, deprimente, terrível, que a pune e a aterroriza, enquanto absolve facínoras.

Um policial, trabalhador, tentando sustentar sua família, fazendo trabalho extra como motorista de aplicativo, foi assaltado por um trio de criminosos. Um armado, acompanhado de duas mulheres. Sofreu ameaças de morte. Uma das mulheres tentou sufocá-lo por trás.

O policial/motorista aproveitou uma distração do assaltante por segundos (depois de ser ameaçado de morte e de ser avisado pelo bandido que não veria mais sua família), puxou a arma e atirou duas vezes contra seu algoz. Imediatamente colocou as duas mulheres sob a mira da arma e aguardou até que chegasse socorro.

Obviamente, foi uma tentativa de assalto frustrada, onde, pelo menos nesse crime, desenhado com a possibilidade se tornar muito violento, não foi a vítima quem morreu.

O caso acabou, é claro, na Justiça. Para o policial, não havia qualquer dúvida: ele salvara a própria vida, matara um criminoso e apenas tinha cumprido seu dever. Nada disso.

Num julgamento que se caracterizou pela inversão de valores e onde o mocinho foi transformado em criminoso e o criminoso em uma pessoa do bem, morta injustificadamente.

Acabou condenado, porque a arma que o assaltante, violento e ameaçador todo o tempo, era de brinquedo, o que se chama tecnicamente de simulacro.

Na sentença, a juíza afirmou que o policial tinha matado “um cidadão de bem” e que, como é policial, deveria saber muito bem discernir o que é uma arma de verdade de uma falsa.

Como se, numa situação de risco como aquela, em que a vítima estava desesperada, com temor de ser morta, poderia ter a frieza de saber se o assaltante tinha nas mãos não era um revólver mortal.

Mas Sua Excelência foi mais longe: afirmou que o policial só poderia se defender, depois que o bandido tivesse atirado. É uma história perto do inacreditável e inaceitável, em qualquer lugar decente no mundo.

Mas, infelizmente, ela é verdadeira e, pior ainda, porque estamos no Brasil dos absurdos e onde decisões como essa não são exceções. Incrível!

Nenhuma entidade que defende os direitos humanos, ao menos até agora, protestou contra a absurda injustiça cometida contra um homem trabalhador, um pai de família que só quer sobreviver dignamente. Esse Brasil é mesmo uma vergonha!

Fonte: Sérgio Pires

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