Opinião: Vereadores vão enfrentar problemas para a sua reeleição em 2020

7 janeiro, 2019

As novas regras propostas na Lei Eleitoral passam a vigorar na próxima eleição!

Para as eleições de 2020 os candidatos a prefeito e vereador terão pela frente novas regras eleitorais.

Com a barreira do desempenho mínimo (10% do quociente eleitoral), não teremos mais coligações e as vagas que não forem preenchidas serão ocupadas por candidatos, cujos partidos não atingiram o quociente eleitoral.

Vários partidos ficarão sem o Fundo Partidário e não teremos a propaganda eleitoral gratuita.

Os candidatos deverão avaliar com máximo de cuidado qual o partido para se filiar, porque é uma situação inusitada e que requer estudos e prudência, pois 50% do mandato se ganha nessa escolha acertada.

Com essa mudança, criasse uma nova expectativa para a eleição municipal que em tese é a mais difícil e a mais concorrida das eleições. A partir de 2020 acaba as chamadas coligações partidárias e abre espaço para o fortalecimento da nominata própria.

Com essa iniciativa busca o fortalecimento partidário que antes era usado apenas por interesse desse ou daquele candidato. A partir de agora o partido tem que ser trabalhado e a nominata ser preenchida com o número de pré-candidatos para concorrer e obter sucesso.

O que ocorria era o abandono da agremiação por parte do candidato no mandato, próximo a eleição ele trabalhava uma coligação que lhe favorecesse e novamente era eleito ao cargo. Com as novas regras é vedado esse artificio por parte dos candidatos.

Os partidos têm que buscar se fortalecer arregimentando futuros candidatos e assim preencher as vagas na nominata, somando o maior número possível de votos e assim atingir o quociente eleitoral ou obter a maior sobra.

Para os vereadores que já estão no mandato e buscam a reeleição vai ser difícil encontrar candidatos dispostos e filiar na sua agremiação. Até porque iriam disputar uma cadeira enfrentando o detentor do mandato que já provou ser bom de voto.

Com essas alternâncias o espaço para os chamados candidatos “Bons de Votos “tende a diminuir, sobrando como opção para essa turma se juntarem no chamado “Grupão da Morte” como ocorreu nas eleições municipais de 2008.

Nesse pleito a maioria das coligações não aceitaram abrir espaço para vários candidatos à reeleição. Tiveram que se juntar em uma coligação muito forte o que culminou com a derrota de vários candidatos ditos como bons de votos.

Autor: Luizinho Carvalho/Cientista Social

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