De navio feito com palitos de picolé a mesa entalhada a facão, Cadeia Pública apresenta obras artesanais de presos

Projeto “Além Muros” foi desenvolvido com detentos do regime fechado.

Foi realizada, na tarde de sexta-feira, 17, na área de revista da Cadeia Pública de Cerejeiras, uma exposição de artesanatos, pinturas e obras em entalhes feitos pelos detentos da unidade através do projeto “Além Muros”, que foi desenvolvido dentro do sistema penitenciário da cidade.

A exposição foi avaliada por voluntários convidados que deram uma nota, de 5 a 10, para cada um dos trabalhos desenvolvidos pelos presos (chamados de reeducandos).

O projeto “Além Muros” foi desenvolvido e realizado pelo Conselho da Comunidade da Execução Penal, com apoio da Polícia Penal. A iniciativa tem três eixos: habilidades manuais, atividades esportivas e expressão corporal, e contempla os detentos do sistema de regime fechado.

A parte de expressão corporal contou com a parceria com a Companhia de Teatro de Cerejeiras (Comtecer), que ensaiou uma peça com os presos. Dentre os trabalhos manuais realizados está uma mesa de madeira bruta entalhada a facão e a miniatura de um navio construída com palitos de picolé.

Os objetos expostos podem ser adquiridos por valor monetário por qualquer cidadão. A renda arrecadada pela obra artística vai para a família do preso que a produziu.

“O projeto Além Muros, com os apenados, tem por objetivo desenvolver atividades socioculturais no ambiente fechado, para aumentar o autoconhecimento, autoestima, criatividade, foco, memória e coordenação dos reeducandos”, diz a advogada Luciana Baraba, presidente do Conselho da Comunidade da Execução Penal.

Por Folha do Sul/Rildo Costa