Com a insatisfação popular a direita avança no mundo e o Brasil não é exceção
27 novembro, 2024
O cenário político global está presenciando uma ascensão significativa das forças conservadoras, impulsionada pela crescente insatisfação popular com políticas progressistas e tecnocráticas.
De países como França, Alemanha e Argentina às recentes eleições municipais no Brasil, a direita tem capturado o descontentamento de trabalhadores e cidadãos que se sentem ignorados pelas elites políticas, reforçando uma onda que desafia o status quo da esquerda mundial.
Um dos pilares desse movimento conservador global é a insatisfação do trabalhador comum, que, enfrentando inflação alta, políticas migratórias intensas e uma perda percebida de identidade cultural, busca uma representação mais alinhada com seus valores.
A vitória de Donald Trump em 2016, nos Estados Unidos, foi um marco simbólico que deu voz a uma maioria até então silenciosa, influenciando eleições em várias democracias ocidentais, e sua reeleição teria potencial de consolidar essa guinada global à direita.
Na América Latina, a vitória de Javier Milei na Argentina, com sua retórica antipolítica e postura contra o establishment, ecoa a frustração de milhões de argentinos cansados de promessas não cumpridas e crises econômicas persistentes. No Brasil, um movimento simétrico, nas eleições municipais brasileiras, candidatos conservadores se destacaram ao capturar o anseio de uma parcela significativa do eleitorado por mudanças.
A ascensão global da direita, marcada por líderes como Milei e Trump, indica que a insatisfação popular não é isolada, mas sim um fenômeno global com forte eco entre trabalhadores, jovens e cidadãos comuns. À medida que novas eleições se aproximam, o cenário político mundial tende a continuar refletindo essa transformação, com a direita consolidando seu espaço e ampliando sua influência.
Por: Carlos Arouck
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