Cacique Henrique Suruí defende a exploração de minérios em terras indígenas em Rondônia
6 outubro, 2019
Pelo teor das discussões e a forma que o evento foi conduzido, Bento Albuquerque evidenciou que já valeu à pena a realização da audiência
Igualdade e respeito ao debate foram as palavras que nortearam a fala do cacique geral dos povos Indígenas Paiter-Suruí, Henrique Suruí, da Terra Indígena Sete de Setembro, composta por 27 aldeias distribuídas por Cacoal e Espigão do Oeste em Rondônia e Rondolândia, no Mato Grosso.
Henrique falou durante a audiência pública realizada nesta sexta-feira (04), no auditório do Instituto Federal de Rondônia (IFRO) em Porto Velho, proposta para debater a organização, exploração, fiscalização, comercialização e exportação de minérios e exploração de minérios em terras indígenas, em Rondônia.
“Muito obrigado! Eu quero agradecer a Deus em primeiro lugar, por esta oportunidade que a gente tem para discutir o que nunca foi discutido! E agora é o momento de discutir. Não quero quebrar a opinião de outra liderança do povo indígena, venho falar aqui do meu povo.
Todo o governo passado sempre nos proibiu, quando nós tiramos o nosso sustento do meio da Floresta. Nós pedimos esmola na cidade para usar banheiro e se alimentar.
Hoje com apoio dos técnicos, do governo e prefeitura somos o maior produtor indígena de café Conilon do Brasil e do mundo”, relatou o cacique Henrique Suruí.
Parabenizando as palavras do cacique suruí, o governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha, lembrou do desabafo de um jovem indígena de 14 anos, durante uma visita na Reserva Roosevelt, que gostaria de ter a possibilidade de colher o material que tem em suas terras, ter uma cooperativa para trabalhar.
“São ações que precisam ser adotadas. Hoje tenho visto ministros trabalhando nessa situação, para resolver as decisões erradas de anos atrás. Isso não pode ser resolvido em oito meses ou em um ano, a gente tem que ter consciência disso, ” expôs o governador Marcos Rocha.
Fonte: Dhiony Costa e Silva
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